Balanço do Semestre: As Vitórias e Derrotas do Governo em 2025

Entre negociações tensas no Congresso e a busca por estabilidade econômica, os primeiros seis meses do ano foram um verdadeiro teste para o Palácio do Planalto.

O primeiro semestre de 2025 chegou ao fim, e para o governo federal, o período foi uma montanha-russa de desafios, conquistas e reveses. Navegar no complexo cenário político brasileiro exigiu um jogo de cintura constante, com o Palácio do Planalto medindo forças com o Congresso Nacional e tentando equilibrar as contas públicas.

Analisar os principais acontecimentos nos ajuda a entender os rumos que o país pode tomar no segundo semestre. Vamos ao balanço:

Principais Vitórias do Governo:

  1. Aprovação do Arcabouço Fiscal: Talvez a maior conquista da equipe econômica, a consolidação das novas regras fiscais no Congresso foi vista como um passo crucial para dar previsibilidade e credibilidade à política econômica do país, substituindo o antigo Teto de Gastos.
  2. Lançamento do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento): O governo conseguiu emplacar sua principal bandeira de investimentos em infraestrutura. Com a articulação de verbas e parcerias com o setor privado, o programa começou a sair do papel, prometendo gerar empregos e modernizar a logística nacional.
  3. Redução do Desmatamento e Protagonismo na Pauta Ambiental: A política de fiscalização mais rígida na Amazônia apresentou resultados positivos nos primeiros meses, com queda nos índices de desmatamento. Isso fortaleceu a imagem do Brasil no exterior e abriu portas para investimentos de fundos ambientais internacionais.

Principais Derrotas e Desafios:

  1. Queda de Braço pelo Orçamento e Vetos Derrubados: O governo enfrentou grande dificuldade na relação com o Congresso, que impôs sua vontade em diversas pautas orçamentárias. A derrubada de vetos presidenciais em projetos que aumentavam gastos se tornou um revés constante, mostrando a força do Centrão e a dificuldade de articulação da base aliada.
  2. Crise na Articulação Política: A dificuldade em construir uma maioria sólida no Congresso custou caro. A troca de ministros em pastas estratégicas e a demora em liberar emendas parlamentares geraram ruídos e instabilidade, atrasando a votação de projetos de interesse do Executivo.
  3. A Disputa pelo Aumento do IOF: O episódio mais recente foi emblemático. A decisão do governo de aumentar o imposto por decreto foi rapidamente derrubada pelo Congresso, forçando o Planalto a recorrer ao STF. O caso expôs a fragilidade do governo e aprofundou a crise entre os poderes, se tornando uma grande derrota política.

O que esperar para o segundo semestre?

O cenário aponta para uma necessidade ainda maior de diálogo e negociação. Com pautas importantes como a Reforma Tributária ainda em discussão, o governo precisará ceder para avançar. O grande desafio será equilibrar as promessas de campanha com a realidade de um Congresso independente e um cenário fiscal que não permite erros.

Fonte: Análise baseada em reportagens dos principais portais de notícias do país, como G1 (Globo), Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo (Estadão), CNN Brasil e os portais oficiais da Agência Câmara e Agência Senado.

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