“Este artigo foi gerado com o auxílio de tecnologia de inteligência artificial e foi revisado, editado e verificado por nosso editor humano.”
A pesquisa liderada pela renomada geneticista Dra. Mayana Zatz na USP transforma um antigo vilão da saúde pública em uma arma promissora contra o glioblastoma, oferecendo um novo suspiro de esperança para pacientes e famílias.

Mayana Zatz – Foto Jornal da USP
No universo da medicina, algumas das descobertas mais revolucionárias nascem da observação atenta e da coragem de pensar diferente. É exatamente nesse cruzamento entre a tragédia e a genialidade que uma das mais brilhantes cientistas do Brasil, a Dra. Mayana Zatz, encontrou uma nova e poderosa arma contra um inimigo implacável: o câncer cerebral.
Imagine poder reprogramar um vírus, transformando-o de uma ameaça em um míssil teleguiado contra tumores. Parece ficção científica, mas é a realidade que está sendo construída nos laboratórios do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco da Universidade de São Paulo (USP). A pesquisa, que ganhou destaque internacional, utiliza o vírus da Zika – sim, aquele mesmo que causou uma epidemia e trouxe tanta preocupação anos atrás – para caçar e destruir seletivamente as células do glioblastoma, a forma mais agressiva e comum de tumor cerebral em adultos.
Para milhares de pacientes diagnosticados com essa doença, cujas opções de tratamento são limitadas e o prognóstico é muitas vezes desolador, esta notícia não é apenas um avanço científico. É um sopro de vida, uma perspectiva real de que o futuro pode, sim, guardar uma cura.
Da Microcefalia à Terapia Oncolítica: A Origem da Ideia
A genialidade desta abordagem reside na sua origem. Durante a epidemia de Zika, entre 2015 e 2016, a equipe da Dra. Zatz se debruçou sobre os efeitos devastadores do vírus, especialmente a microcefalia em bebês cujas mães foram infectadas na gestação. Eles descobriram que o vírus tinha uma afinidade fatal por células-tronco neurais, impedindo o desenvolvimento correto do cérebro dos fetos.
Foi então que a pergunta transformadora surgiu: e se essa capacidade destrutiva pudesse ser redirecionada?
As células que formam o glioblastoma, conhecidas como células-tronco tumorais, compartilham muitas características com as células neurais em desenvolvimento que o Zika ataca. “Foi um raciocínio lógico”, explicou a Dra. Zatz em diversas ocasiões. “Se o vírus ataca essas células no cérebro em formação, talvez ele pudesse atacar as células-tronco do tumor que são as responsáveis pela sua rápida expansão e resistência aos tratamentos convencionais, como a quimio e a radioterapia.”
Como Funciona a “Vacina” que Mata o Câncer?
Embora muitos chamem de “vacina contra o câncer”, o termo técnico mais preciso é terapia com vírus oncolítico. Funciona assim:
- Ataque Seletivo: O vírus da Zika, possivelmente modificado em laboratório para aumentar sua segurança e eficácia, é introduzido no organismo. Ele age como um “caçador”, procurando especificamente pelas células do glioblastoma.
- Invasão e Destruição: Ao encontrar uma célula tumoral, o vírus a invade e começa a se replicar em seu interior. Esse processo é tão intenso que a célula cancerígena não resiste e “explode”, morrendo.
- Alerta ao Sistema Imunológico: A destruição das células tumorais libera novos vírus que partem para atacar outras células doentes. Mais do que isso, essa “bagunça” celular alerta o sistema imunológico do próprio paciente, que antes não reconhecia o tumor como uma ameaça. O corpo, então, passa a montar seu próprio ataque contra o câncer.
Os resultados em laboratório (in vitro) e em modelos animais (in vivo) foram extraordinários. Nos testes, a terapia conseguiu reduzir drasticamente o tamanho dos tumores e, em alguns casos, eliminá-los completamente, com a grande vantagem de preservar as células cerebrais saudáveis.
Quem é a Cientista por Trás da Esperança?
A Dra. Mayana Zatz é mais do que uma pesquisadora; é um pilar da ciência brasileira. Geneticista e bióloga molecular, ela dedicou sua vida a desvendar os mistérios das doenças genéticas, especialmente as distrofias musculares. Como coordenadora do Centro do Genoma da USP, ela não apenas conduz pesquisas de ponta, mas também inspira uma nova geração de cientistas e luta incansavelmente por mais investimentos e valorização da ciência no Brasil. Sua credibilidade e trajetória dão um peso ainda maior à seriedade e ao potencial desta pesquisa.
Os Próximos Passos: Quando Essa Terapia Chegará aos Pacientes?
Este é o ponto crucial e a pergunta que todos fazem. Atualmente, a pesquisa está na fase pré-clínica. A equipe já provou que o conceito funciona em laboratório e agora precisa dar o passo mais importante e complexo: iniciar os testes clínicos em seres humanos.
Para isso, é necessário produzir o vírus terapêutico em larga escala e com um altíssimo grau de pureza e segurança, seguindo protocolos internacionais rígidos (conhecidos como Boas Práticas de Fabricação ou GMP). Este processo tem um custo elevado e os pesquisadores estão em uma busca contínua por financiamento para viabilizar esta nova fase.
A jornada da ciência é longa e meticulosa, mas cada etapa vencida é uma vitória. Embora ainda não possamos prever uma data exata para que a terapia esteja disponível em hospitais, o caminho está traçado.
Um Novo Suspiro de Esperança
Para quem enfrenta o medo e a incerteza de um diagnóstico de câncer cerebral, cada notícia sobre um novo avanço é um farol. A pesquisa da Dra. Mayana Zatz e sua equipe é um dos mais brilhantes faróis da ciência mundial hoje. Ela nos lembra que a esperança não é um sentimento passivo, mas uma construção ativa, moldada pela curiosidade, pela perseverança e pela genialidade humana.
É a ciência brasileira, nascida de um problema de saúde pública, mostrando ao mundo um novo caminho. E para os pacientes e suas famílias, é a prova de que, mesmo na escuridão mais profunda, uma luz pode estar prestes a nascer.
Fontes:
1. Centro de Estudos sobre o Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) – USP: Esta é a fonte primária, o centro de pesquisa onde o trabalho é desenvolvido. O site oficial frequentemente divulga os avanços de suas pesquisas.
2. Agência FAPESP: A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) é uma das principais financiadoras de pesquisas no Brasil e oferece reportagens detalhadas e de alta qualidade sobre os estudos que apoia. A cobertura deles sobre a pesquisa da Dra. Zatz é uma das mais completas.
- Título do Artigo: Vírus da zika se mostra eficiente para destruir tumores de um tipo agressivo de câncer no sistema nervoso central
- Link: https://agencia.fapesp.br/virus-da-zika-se-mostra-eficiente-para-destruir-tumores-de-um-tipo-agressivo-de-cancer-no-sistema-nervoso-central/27893/
3. Jornal da USP: O veículo de comunicação oficial da Universidade de São Paulo também produziu conteúdo detalhado sobre a pesquisa, explicando o mecanismo e os resultados de forma acessível.
- Título do Artigo: Vírus da zika consegue eliminar tumores de câncer no cérebro
- Link: https://jornal.usp.br/ciencias/virus-da-zika-consegue-eliminar-tumores-de-cancer-no-cerebro/
4. Publicação Científica (Artigo Original): Para uma referência mais técnica, o estudo foi publicado na revista científica Cancer Research.
- Título Original: Zika Virus Selectively Kills Glioblastoma Stem Cells by Targeting AXL
- Revista: Cancer Research
- Link para o Abstract (Resumo): https://aacrjournals.org/cancerres/article/78/12/3353/632420/Zika-Virus-Selectively-Kills-Glioblastoma-Stem